sábado, 10 de julho de 2010

duas mãos dadas juntas.

“O que quer que você faça na vida, será insignificante, mas é muito importante que o faça, porque ninguém mais o fará. Como quando alguém entra na sua vida, e metade de você diz que não está nem um pouco preparado, e a outra metade diz: faça com que ela seja sua pra sempre.” Vi isso num filme, aquele, Lembranças... bonitinho, e triste.

Você acha que eu estou obcecada? Ou funciona assim pra todo mundo que se apaixona? Tipo, pensar em alguém o tempo todo, lembrar, lembrar, lembrar... isso me faz achar que começo a ficar louca.

O dia hoje se arrastou, tipo, ainda são 20h, e o que eu estaria fazendo se não estivesse aqui, se meu lugar fosse você, com tudo que vem dentro?

Sinto medo, e não sei parar de sentir, porque sinto muitas coisas sempre, e é difícil sentir, e mais difícil ter que deixar de sentir, e eu não quero. Quero somente explodir de tanto sentimento, buuum, um bum bem grande.

Se eu morrer de chorar a culpa é sua, saiba disso. “Você vai dizer: Argh, mas tu chora o tempo todo.” E eu choro mesmo, sem nenhum motivo aparente, uma manteiga derretida. Acho que chorar é o jeito que o meu corpo encontrou pra jogar fora essas amarras de pensar e sentir. Chorar é estrapolar, e é ter coragem de se lavar de dentro pra fora eu acho, então estou limpa, mas preciso de um cigarro urgente, será o último, eu juro.

Sou louca por esse homem desde a minha juventude, que foi a menos de dois meses atrás, e hoje sou mais louca ainda porque ele é o pai dos filhos que eu ainda não tenho, e estamos nos acabando juntos, minhas pernas doem, e a culpa é dele.

Saiba que você está me consumindo, e meus olhos amanhã vão amanhecer inchados, culpa sua e do Radiohead, que é minha trilha para momentos solitários, aquele da MTV, mas acho que você não sabia disso, como não sabe tantas outras muitas coisas sobre mim.

Me dá a mão logo, e aperta forte, não solte ela por nada nesse mundo. Fique comigo. Me ensine um jeito de amar que não doa tanto, não quero me doer. Não quero doer você. Me sinta na sua mão e não me solte por nada nesse mundo. Fique junto de mim, anoiteça e amanheça, entardeça, envelheça, enraiveça, eça, eça, me eça até não poder mais.

Não me deixe obcecar, não me deixe achar que você é a razão absoluta da minha felicidade, quero ser feliz sem você também, mas não sei se sou capaz, e isso me assusta.

Uma parte de mim diz pra eu não me entregar tanto, pra não sofrer de novo, e outra parte diz: “vai com tudo, mujer.” Sinceramente não sei, acho que estou indo com tudo, e sinto vontade de colocar o pé no freio, tipo segundas, quartas e sextas, mas não sei se vou conseguir.

Acho que não sou mais sozinha, tenho uma mão pra segurar, uma cabeça pra afagar, tenho alguém por quem chorar à noite, e alguém por quem sorrir. Eu tenho planos, tenho sonhos, e não sonho sozinha, isso é gratificante. Por isso não me deixe, não quero ter uma casa na praia sozinha, nem quero deixar de ser consumista sozinha, quero dividir as coisas contigo. Quero sentar Zion no teu colo, programar a câmera e tirar uma foto nós três, depois nós quatro, não esqueça da Jasmim, gostei desse nome, ta aprovado. Sinto sua falta meu amor. Meu olhar quer o teu, e ele quer agora, tem uma vontade pra agora, o que vou fazer com ele? Me diz? Aliás, o que vou fazer com o resto de mim? Que quer você?


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