segunda-feira, 19 de abril de 2010

Difinitivamente, é muita coisa pra sentir de uma vez só.
Não.
"Com você sinto tudo de uma vez, e de não aguentar, caio em mim. Nas nóias histórias..."
Quero fugir desse medo, quero fugir de sentir, de pensar, de ter não tendo, sentir, pegar, lamber não tendo e ter ainda, não o todo ou metade, ter de saber, de saber que tem, tenho mesmo, metade ao menos, menos, bem menos da metade.
É culpa da música, a tal músicas de Mercedes:
"Como un pájaro libre de libre vuelo,
Como un pájaro libre así te quiero.
9 meses te tuve creciendo dentro"
Ter de pensar e ter que pensar. Me desmancho, sou só pús e sangue, ainda sou a ferida, tudo dói em mim. As marcas, aquelas marcas, tudo já apodrecendo sem cicatrizar. Gangrena! Tu és a gangrena no corpo tudo. Estar vivo, morto, entrando em decomposição o sentimento. Todos os sentimentos que nem veem de uma vez. Cometas, vários na minha direção, explodo, ardo, seco, viro pó. Quero ser pó, pó assoprado, me misturar com o vento, não me doer mais, não me doa mais, não me. Mate, me mate. Me acabe, me deixe!Me deixe te ter, ter tendo, não tendo, não vá. Não pegue o celular e bata a porta! Não jogue minha chave na escada. Não suba, não volte, não deite, não diga que me ama. Vá, vá, vá, vá.