sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Não é que eu só escreva aqui quando estou aperriada, eu não estou, estou.
Existe um conflito, existe uma escolha, existo enfim.
Eu sou uma contradição, mas quem não é?
Negar nossos impulsos é negar tudo que nos torna humanos.
A gente cresce e descobre que chorar não resolve as coisas... o que é que vou fazer se tenho um coração maior que o mundo?
Não vou me jogar da varanda e não vou cortar os pulsos só porque o querer não pode ser querido, querido.
Enfim, vou deixar meu sangue descansando numa tigela, vou deixar coagular, assentar no fundo as dores, as faltas, os nãos, o sim, os "já vou".
Eu vou deixar a chave na porta e não vou tocar nela, então a responsabilidade de sair é sua.
Não minha, na minha, sua casa.
O que é mesmo que ainda tem pra querer? Você.
O que é mesmo que ainda tem pra se ver? Você.
Deito, descanso, despejo uma lágrima de por que, eu sei usar por que.
Se é assim pode ser, acho que vim pra te ver.