sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Semnome.

Everybody's Gotta Learn Sometimes

Eu tô quebrada, totalmente despedaçada por dentro.
Sinto que a cada dia que passa, meu coração vai ficando mais apertado.
Não passo um dia sequer sem chorar, vivo dormindo todas as horas, não quero levantar da cama, não quero comer, não saio de casa, vivo do quarto pro computador.
Isso não é vida, como se pode ser feliz assim?
Não tenho motivação para mais nada, nem conversar que é o que mais gostava de fazer, me falta paciência, me faltam palavras, faltam até pensamentos.
Vido o dia todo com uma amargura, sei lá, meu rosto já tem formato de choro.
Queria ver graça nas pequenas coisas, ver motivos simples pelos quais devesse viver, sei lá.
O pior é não saber o que me faz ficar assim, sem vontade, ou saber, sei lá.
Minha vida toda é uma sucessão de mentiras, e foi isso que me tornei, e é horrível admitir, mas não quero mais viver assim, quero algo de verdadeiro, algo que não vem, e que me deixa nessa situação... sem sentir mais nada por mim.
Sinto saudades do que eu era, da minha bondade, minha sinceridade, sinto falta do eu que se perdeu, em algum lugar.
O que devo fazer?
O que está acontecendo comigo?
Por que não pode ser tudo lindo e feliz, como eu imaginei que fosse, erroneamente?
Eu não sei viver assim, não lido bem com faltas.
E minha maior dor é amar.
O amor é um sentimento sórdido, até hoje ele nunca foi justo comigo, nunca.
Está sempre me pregando peças, me trazendo dor.
Eu queria não amar, para não ter que saber o que é sofrer.
Na verdade queria tantas coisas.
Queria poder me trancar num quarto e ficar lá, tipo pra sempre. Sem ninguém ficar perguntando como estou, ou o que aconteceu.
Eu não posso responder essas perguntas, eu não sei respondê-las, tudo se tornou complexo.
E não sei por que estou me sentindo assim, só queria ficar em silêncio, somente.
Queria um abraço, sei lá. Um abraço teu, que certamente nem vai ler isso.
E o simples fato de lembrar teu rosto já me traz lágrimas nos olhos, e elas caem, e eu deixo.
Preciso lavar minha alma, me redimir de toda culpa, mesmo sendo impossível.
Acho que não preciso de nenhuma ajuda que não seja a minha mesma.
Preciso te ver, e acho que isso te assusta, sinto que enlouqueço.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Luto/melancolia

"Desta forma, fica entendido que a distinção fundamental entre “luto” e “melancolia” é que: o primeiro é sempre um processo, onde a causa (perda de investimento libidinal em relação a um objeto externo) nos é bem conhecida, e, até certo ponto, natural; enquanto que o segundo constitui-se em um estado - cujas causas são indefinidas – e que pode vir a desencadear um processo de luto. Neste sentido, pode-se aferir que estados de melancolia podem provocar processos de luto, como uma tentativa do aparelho psíquico em solucionar o sofrimento existencial provocado por este estado mental peculiarmente doloroso."

Ana Cleide Moreira Guedes - “A Melancolia na obra de Freud: um Narciso sem [des]culpas”



Não perdi absolutamente nada, porém, essa melancolia, essa tristeza, misturada com agústia, amargura, não sai de dentro de mim.
Odeio ter tudo que uma pessoa precisa para ser feliz, e mesmo assim não conseguir.

Odeio ficar chorando por qualquer coisa, e julgar mal pessoas que eu amo, e tentar buscar motivos inexistentes para brigar com elas, para ter um motivo para ter raiva, e sentir dor.
Preciso de um motivo, se sentir assim, sem nenhuma causa aparente, é mais massacrante do que a pior das traições.

E não finjam entender, porque ninguém entende.
Não digam que é porque tô vendo muita televisão, NÃO ME INSULTEM, NÃO INSULTEM MEUS SENTIMENTOS.

Sabe, qual é a minha vontade? Mandar todos se danarem, todos!!!!

Estou completamente saturada.