sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Cada um sabe de si, e eu não sei de mim.

Eu não sei o que vi aqui
Eu não sei prá onde ir
Eu não sei porque moro ali
Eu não sei porque estou

Eu não sei prá onde a gente vai
Andando pelo mundo
Eu não sei prá onde o mundo vai
Nesse breu vou sem rumo

Só sei que o mundo vai de lá pra cá
Andando por ali
Por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem

Cada um sabe dos gostos que tem
Suas escolhas, suas curas
Seus jardins
De que adianta a espera de alguém?
O mundo todo reside
Dentro, em mim

Cada um pode com a força que tem
Na leveza e na doçura
De ser feliz.

(Onde ir - Vanessa da Mata)

O cheiro do ralo.

Eita lê-lê!

Faz tempo que não venho aqui conversar comigo mesma...

¬¬

Ah, é que falta tempo, ou faltam palavras, parece que elas acabaram, sei lá.

Sou uma escritora de momentos tristes, quando as coisas estão felizes, eu não tenho inspiração...

Se bem que hoje, excepcionalmente, não tô muito bem, aí vai ver que é por isso que estou aqui... é como eu digo, aqui é minha penseira, meu esconderijo, só não é secreto, mas faz bem, porque parece que quando escrevo as coisas aqui, elas se tornam menores.

É como se escrever tivesse o poder de resolver problemas, ou pelo menos, fazer com que eu me preocupe menos com eles.

Hoje eu assisti um filme muito doido, O cheiro do ralo, tah, todo mundo já assistiu... sou sempre a última... òó

Voltando, pelo meio da história do filme, o cara se apaixonava pela bunda de uma menina, não, não era pela menina, mas era pela bunda dela... poderia ser até uma bunda sem cérebro, desde que fosse a maldita bunda. E ele não queria que ela desse a bunda pra ele, ele queria comprar, porque se ele comprasse não teria q satisfazer nenhuma posterior cobrança, é como se o dinheiro tirasse dele toda responsabilidade. E ela tinha que vender porque queria, não porque ele obrigou, a culpa e responsabilidade tinham que ser 100% dela.

É, uma doidera o filme, mas me faz pensar, nos faz pensar, se gostam de mim, ou da minha bunda, ou do meu peito, ou do dinheiro que eu não tenho, ou da alegria que eu não tenho, ou até mesmo da expontaneidade que eu também não tenho.

Dou tudo isso (menos bunda e peito), não preciso vender, mas dou porque quero, então a responsabilidade se torna toda minha, não posso exigir nada mais.

Li isso por aí e achei legal: "Não trate como prioridade quem te trata como opção."

Não coloque coisas na minha cabeça.

Feliz eu não tô, mas a vida me ensinou a não ser egoísta.