terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Acabei de ler uns escritos de Caio Fernando Abreu, que eu não gostava de ler porque achava muito auto-ajuda, adorei.
Quero ter paciência de escrever tudo que tô pensando agora, mas tem umas formigas aqui nas minhas costas, e eu já estou enlouquecendo.
O ano tá acabando, quer dizer, ainda é 15 de dezembro, e ainda faltam mais 15 dias pra frente pro martírio realmente ter fim. Estou quase de férias, faço uma prova hoje de noite e adeus unviersidade até 2010.
Voltando ao Caio Fernando, eu quero mais amor, quero mais olhares, quero mais cheiro, quero mais, afinal.
Passei o ano me conformando em receber migalhas, até finalmente perceber que mereço mais, que posso ter mais, e por isso terei mais.
Eu não quero mais beijos, não quero mais abraços, mais, mais, mais... eu quero é amor mesmo, quero ouvir um eu te amo, quero sentir verdade.
Cansei de ouvir que sou maravilhosa, que sou linda, engraçada, irresistível, eu sou gorda, tenho o cabelo emaranhado e a cara cheia de espinha, minha perna tem estrias e celulites, e minha bunda é horrível, assim como os meus enormes seios! Mesmo assim, sei que mereço ser amada, e que posso ser amada, portanto, me ame.
É, isso não é uma daquelas coisas que podemos obrigar alguém a fazer, o amor vem por acaso, não sei direito como vem, mas ele vem, e consegue ser lindo.
Eu amei várias pessoas na minha vida, amo alguém agora, mas fico pensando se apenas amar fez de mim alguém mais feliz, não fez.
Meus amores foram paixões, foram quereres arrebatadores, eu queria ficar grudada o dia todo, queria absorver e ser absorvida, queria ficar olhando o sorriso toda hora, olhando os olhos, olhando as mãos, é, acho que eu fui feliz, mas não valeu.
Não entendo, eu quero entender, mas eu não consigo. Não consigo confiar, acreditar que alguém realmente me ame, fico achando que serei trocada pela musa de alguma estação a qualquer momento. Acordo achando que ele vai me olhar e dizer: não dá mais.
Não dá mais é pra viver assim, eu preciso de certezas, eu preciso ter uma convicção, preciso acreditar que sou amada, e que serei tão amada que em algum momento não vou mais aguentar e sairá amor pelos meus poros, pelos meus olhos, bocas e demais orifícios.
Não me sinto amada, tão pouco desejada, eu não me sinto, nem sinto nada, e isso é horrível.
Eu amo, devo amar, se não for amor isso que tá aqui como um nó na minha garganta, não sei mais o que é.
Eu vivo chorando, tenho vontade de chorar o tempo todo, porque eu realmente não entendo, eu escutava o "eu te amo" dele, e me soava tão verdadeiro, isso no começo, que foi a dois meses atrás, e já parece que foi uma vida, e tô aqui me queixando com minha filha de quarenta anos.
Agora não escuto mais nada além de "obrigado por me amar", é errado querer ouvir um eu te amo? Acho que não, ainda mais eu, que passei o ano, se não a vida sentimental inteira só escutando palavras profanas sem sentido algum. Logo eu que me sentia vazia, me sentia um trapo, uma sacola de lixo, não, não é errado querer ser uma bolsa cara agora.
Eu queria acabar esse ano feliz, apaixonada, saltitante, mas acho que não vou, não quero esperar dar meia-noite e um minuto pra decidir fazer tudo diferente nesse 2010, talvez eu não consiga honrar minhas decisões, como não consegui esse ano.
Eu não sei mais o que dizer, na verdade só vin aqui escrever para contradizer meu post anterior, onde eu não conseguia escrever nada porque estava feliz, ou vin aqui comprová-lo, já que estou triste e escrevendo. Vou da alegria à tristeza em segundos, talvez eu seja bipolar, ou talvez seja humana, talvez ainda seja adolescente, talvez seja louca, talvez queira só escrever coisas que ninguém vai ler, talvez, talvez.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Tenho que lembrar de não esquecer que tenho um blog.
Até porque aqui é meu escape, o lugar por onde escorro minhas angustias e frustrações...
Enfim.
Não sei escrever com gente perto de mim, e ultimamente não sei ficar sozinha também, aí lasca.
Sinto falta dos meus momentos de solidão, mas também não os quero mais, não sei como resolver.
Sei que é preciso calar, e pensar, para se resolver as coisas, mas também não tenho nada pra resolver, e isso em si me estressa. Sou o tipo de pessoa que precisa de uma carga enorme de tristezas, problemas e lamentações pra poder criar. Vivo criando confusões diárias dentro de mim e com o mundo, coisas sem importância ou necessidade, apenas pra eu poder evacuar o que há dentro de mim, aquilo que guardo no instestino e no coração.
Preciso chorar todo o tempo, preciso de uma dor me apertando a alma, preciso de uma fagulha me queimando por dentro, e não venha com essa que sou louca, todos precisamos disso.
É isso, perdi minha inspiração porque agora sou feliz, e não falar sobre felicidade, só sei falar de dor. Porque eu era toda dor, e agora nem isso sou mais. Me reduzi a uma pessoa tipicamente feliz e apaixonada, me tornei uma dessas pessoas que eu odeio todo dia.
Não existo mais, me acabei.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tocar...
Sentir tudo com as mãos, pés, lábios, orelhas e afins.
Não é simplesmente pegar ou andar... é sentir.
Entrar em contato com as folhas, flores, o asfalto.
Eu não quero mais isso de simpesmente passar sem notar.
Até meus cílios tocam
O travesseiro quando eu acordo, me viro e esfrego o rosto nele,
que também me sente.
Quero representar, ser concreto, abstrato, eu quero mais...
Sentir, sem ti.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Não é que eu só escreva aqui quando estou aperriada, eu não estou, estou.
Existe um conflito, existe uma escolha, existo enfim.
Eu sou uma contradição, mas quem não é?
Negar nossos impulsos é negar tudo que nos torna humanos.
A gente cresce e descobre que chorar não resolve as coisas... o que é que vou fazer se tenho um coração maior que o mundo?
Não vou me jogar da varanda e não vou cortar os pulsos só porque o querer não pode ser querido, querido.
Enfim, vou deixar meu sangue descansando numa tigela, vou deixar coagular, assentar no fundo as dores, as faltas, os nãos, o sim, os "já vou".
Eu vou deixar a chave na porta e não vou tocar nela, então a responsabilidade de sair é sua.
Não minha, na minha, sua casa.
O que é mesmo que ainda tem pra querer? Você.
O que é mesmo que ainda tem pra se ver? Você.
Deito, descanso, despejo uma lágrima de por que, eu sei usar por que.
Se é assim pode ser, acho que vim pra te ver.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Não consigo dormir.
Tenho os olhos dos que choram, o coração dos que sentem...
Poderia passar o resto dessa madrugada entorpecida pelos meus próprios devaneios. É, poderia, mas não vou, não tenho coragem.
Eu poderia dizer o quanto você me faz falta, como diria Clarice, sinto sua falta como a um dente da frente, excrucitante.
Alguns me tomam por exagerada, ou até mesmo covarde, com aquela historia de que quem sente falta, fala.
Eu nunca vou dizer isso a você, pois é, nunca conversaremos sobre isso, e sendo assim, você nunca saberá dessa dor que me causou por simplesmente não estar.
O que eu faço agora? Está mais perto do que longe esse reencontro, e eu sinto medo.
Será tudo como era antes, mas como pode ser? Eu mudei.
Amizade.
Saudade.
Não sei mais...
Ao menos agora acho que valorizarei mais seu passar de mão na barba, e seu meio sorriso.
Sua cara de sinismo que me deixava constrangida, sei que quando revê-la me encherei de felicidade. E até mesmo agora, fico feliz só de lembrar.
Sem dúvida és uma boa lembrança pro meu espírito e um alimento pra minha carne.
Talvez você nunca saiba, mas eu desejei todos os dias a sua volta.
Não sei ser passional o suficiente, mas meus olhos não me deixarão mentir, de uma forma ou de outra, quando seu oxigênio se misturar ao meu você saberá, e pensará: "essa mulher me quer".
Se não notar eu desisto, não haverá mais nada pra fazer.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Maria.

Maria disse que isso já estava indo longe demais, não podia viver por aí, chorando no canto das paredes. Onde já se viu? passar o dia todo ouvindo música triste e lembrando o que não foi? Maria emagreceu, e depois engordou de novo. Comia pra esperar o tempo passar, e comia também pra esse tempo passar mais rápido. Maria não sai mais de casa, ela disse que não tem graça, o fora e as pessoas que habitam esse fora, o problema de Maria é que ela quer só José.
José disse que é feliz do jeito que está, ele não sente falta de nada, nem de Maria. Por isso, Maria vive pelos cantos.
Eu juro, Maria me disse que ia dar um ponto final nisso, ela me disse, mas mentiu.
Ontem encontrei Maria, estava sentada no banco da praça, fiquei feliz, pensei "Que bom, Maria saiu de casa", sentei do lado dela, ela nem me olhou, começou a falar, aquelas mesmas coisas que ela me diz sempre que nos encontramos... Maria diz que não entende, diz que fez tudo certo, como pode ter dado errado?
Lembro que quando nos conhecemos vi de cara que ela era a pessoa mais maluca com quem eu já tinha me relacionado. Maria tinha uma alegria no olhar, e uma energia que não acabava nunca! Maria era do tipo que traz você pra vida, não perde uma piada, nem um sorriso, nunca tinha visto Maria chorar.
Lembro que quando decidimos que o relacionamento não ia mais andar, Maria tratou logo de fazer uma piada, e ficamos rindo disso um bom tempo. Eu não entristeci porque tinha perdido Maria, eu tinha a achado, isso pra mim foi revigorante. Saímos abraçadas, Maria me apontando o céu, falando da nuvem que era coelho, mas tinha peito de bode, Maria definitivamente não era daqui. Maria conheceu José. Maria correu pra me dizer todas as qualidades dele, que ela nem sabia que uma pessoa podia ter, dava gosto ver os dois, duas crianças, dois adultos, dois irmãos e dois amantes. Aquilo não podia dar certo. Maria não era sincera, com ela mesma.
Maria dizia que não conseguia gostar de uma pessoa só, que tinha sentimento pra ela e o mundo todo, eu disse que isso não tinha como ser. Maria batia o pé e dizia: "Franciscaaaaaa, eu tô te dizendo, não consigo gostar só do José." Claro que não, José também não sabia gostar só de Maria, José não sabia resisitir a uma novidade. Isso não chateava Maria, afinal, José sempre voltava. Isso durou meses, essa relação, Maria nunca me disse onde começou a doer. Sim, porque sempre tem o momento que a situação se torna insustentável. Mesmo pra Maria, cem por cento disposição, Maria também sentia, por mais surpreendente que isso pudesse parecer, eu sabia, ela também tinha coração. José foi embora. Os dias de festa acabaram, o colorido acinzentou, o doce amargou na boca. Maria não saia mais, não brincava, não sorria, fechou-se. Não soube o que fazer, tentei levar Maria pro mundo, apresentei gente nova, com quem ela passava um dia e uma noite, nunca mais que isso. Acho que menti, Maria sorria sim algumas vezes, sempre que falava das boas lembranças. Quando lembrava de José, que não voltou. Maria sabia que ele não voltaria mais. Maria doía toda porque sabia. Eu não soube o que fazer, abandonei Maria. Eu pensei que ninguém podia morrer de amor, se é que isso era amor, acho que Maria estava triste porque perdeu o amigo de brincar. Porque afinal, José e Maria eram uma brincadeira boba. José e Maria eram sorrisos, eram desenhos e poemas. Maria devia estar sentindo falta. José que era comum acabou se tornando diferente. Maria sabia que não ia encontrar outro José, e chorou. Maria chorou tudo o que tinha, emagreceu tudo o que tinha, fumou tudo o que tinha, e bebeu sozinha tudo o que tinha. Maria viveu tudo o que tinha, e morreu. Maria mentiu pra mim, mentiu pra ela, e se acabou, sozinha. Maria que não soube ser passional o suficiente quando José foi embora, Maria que não soube dizer "fica". Maria que abraçou ele e desejou boa viagem. Maria que ficou com as fotos, com as músicas, mas sem José. Maria que se acabou, e se enterrou. Maria que viveu e não viveu. Maria que disse que isso de morrer estava indo longe demais. Maria que foi longe demais e não voltou. Maria não segurou a mão de José, se soltou e se acabou. Maria que fez tudo certo e errou. Maria que era minha sorrisos e dela mesma de lágrimas. Maria, sozinha, Maria.

sábado, 26 de setembro de 2009

Afogando as mágoas.

Como é que eu começo dizendo isso? Pra não parecer assim, sentimental demais?
Acho que não tem como... então, como todas vezes, eu evitarei falar?
Calarei.
Eu sempre calo.
As palavras chegam até minha boca, nesse longo processo pensar-falar, e eu simplesmente as ignoro, as engulo.
O problema é que eu não te levo a sério, nem você a mim.
Decifrei nosso problema, se é que é problema... vejo mais como possibilidade.
Acho que com você sinto tudo de uma vez... raiva, amor, nojo, saudade, tesão, carinho, amizade...
Isso tá complexo demais pra mim.
E depois de hoje então...
Quantas reticências nesse maldito texto... é essa nossa subjetividade, novamente o problema, não temos objetividade nenhuma juntos.
Diria mais, não temos funcionalidade, é só mediocridade, comodidade e disponibilidade.
Idades, idades e idades, que temos demais e de menos, não temons exatamente nada no grau certo.
É isso mesmo, tá tudo errado aqui, e eu gosto e desgosto, é tudo de uma vez.
Ave Maria, de manhã faz calor e de noite frio.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Eu gosto de saber o que está acontecendo, uma pessoa antenada né?
Mas que nada.
Como saber do mundo quando não se sabe de si?
É ter sempre uma solução mágica para os problemas dos outros, aqueles problemas que estão distante, que não nos machucam de alguma forma... mas pra os que estão aqui dentro, os que nos esmagam por dentro, aqueles problemas que preferimos ficar inertes diantes deles... resolver? Jamais, seria muito complicado.
Talvez um sentimento de culpa por deixar que tão pouca coisa tome uma proporção tão grande dentro da gente... vai ver é preguiça mesmo.
Tenho preguiça de me jogar de cabeça, tenho preguiça de conversar, tenho preguiça de tentar viver... mas é claro! Nem da cama eu me levanto mais.
Parece que amarraram uma pedra no meu pé, e me deixaram aqui, nesse quarto, enclausurada. Quer dizer, fui eu mesma quem amarrou essa pedra.
Não quero, não quero resolver, não quero me preocupar mais, eu gosto das coisas como estão, é, eu sou acomodada. E quem não é?
Tem um dizer popular: é melhor um pássaro na mão do que dois voando. Pois bem, melhor não arriscar o nada que se tem.
E a quem eu quero enganar? Guardo aqui dentro do peito todas as minhas certezas, eu sei bem o que acontece, sei onde entrei, sei como começou e sei exatamente como vai terminar... aliás, talvez eu goste disso, não acaba nunca porque já se tornou outra coisa que não sei o que é. Não trabalho com a possibilidade do fim, isso seria o problema?
Não, não há problema nenhum, os problemas não existem, são apenas criação das nossas mentes doentias... e gritar não resolve nada, nem fumar 3 carteiras de cigarro.
Mas é claro que dói, como qualquer sentimento não-correspondido, como qualquer ferida aberta, mas eu aguento. Tô aqui, de peito aberto, pra dor e alegria, e o problema talvez seja esse, não se pode ser feliz todo dia... aceitar, aceitar, aceitar... repetir pra mim mesma, até me convencer disso.

domingo, 6 de setembro de 2009

Um dia me falaram de coisas que eu não podia fazer porque era mulher, bem não vem ao caso falar de tais coisas agora...
O caso é que, as pessoas colocam tantas regras e tantas cercas, questões de gênero, de classe, de idade, de raça... moramos num páis livre, ou não?
A liberdade não existe, é verdade, mas seria bom poder ao menos se iludir as vezes.
Até isso nos tomam, nos arrancam tudo, nos levam e nos deixam incapazes de proferirmos qualquer palavra que seja, isso é deveras frustrante.
Quando lutamos por algo que acreditamos somos tidos como ridículos, ridículos porque temos um ideal, ridículos porque não abaixamos a cabeça, ridículos por lutarmos.
Nos dizem todos os dias que o Brasil é um país sem esperança, que nunca vai mudar, pois bem, eu digo que essa mudança é possível e começa por você, começa com as suas atitudes, a mudança parte de dentro pra fora.
Se você é uma pessoa corrupta, como pode reclamar do que acontece no senado? Se você odeia falsidade como financia a pirataria?
Eu acho que não podemos reclamar daquilo que também fazemos.
Enfim, esse post não era pra isso, mas os pensamentos e minhas palavras correm feito bichos soltos, esse post era só pra dizer que eu não me rendo, que eu morro lutando pelo que eu acredito, que uma causa por menor que seja, é ainda assim uma causa e vale o tempo que emprego nela.
Esse post é pra dizer que eu tenho ideais, que eu tenho sim valores, que podem estar na contramão dos valores pré-estabelecidos, mas que mesmo assim lutarei por eles e derramarei até minha última gota de sangue.

Vivo ou morto, jamais escravo.

domingo, 23 de agosto de 2009

Uma celebração... o amor, a dor, a liberdade, tudo se uniu numa grande coisa só.
Nunca pensei em como era bom estar vivo, o simples fato de respirar, que coisa mais deliciosa...
Poder ouvir uma música boa, comer uma coisa gostosa, enfim... pequenas coisas me fazem perceber o quanto eh bom existir.
Claro, a dor tá aqui, a frustração, mas o que importa? Enquanto se está vivo, se pode continuar.

Eu digo a você, viva o melhor e o pior que o mundo puder te dar... lá na frente você vai ver que valeu à pena.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

É olhar as fotos, ouvir as músicas e lembrar, somente.
Se alguém soubesse o quanto isso me dói...
Sinceramente, eu achei que não fosse derramar tantas lágrimas, achei que fosse ser fácil recomeçar, pensei que ia dar pra esquecer...
Eu penso todos os dias em tudo o que eu não queria e tento me convencer que agi com sensatez, tento não me culpar e tento aceitar que tudo isso foi o melhor no momento.
Eu penso e repenso que mais pra frente ia ser inevitável... mas que mentira! Imagino mais como ia ser meu grande futuro feliz, o futuro que eu perdi por ser tão imatura, e impaciente, por ser macarrão instantâneo, 3 minutos e tá pronto. Talvez se eu fosse mais cabeça no lugar, se eu fosse menos explosiva, menos de momento, menos expontânea, quem sabe não estaria aqui, de frente pra essa tela vazia, derramando as lágrimas que eu nem tenho mais...
Ia evitar essa vida de tentar esquecer, talvez eu fosse mais feliz, enfim.





"Eu vou ter que passar minha vida cantando uma só canção
Eu vou ter que aprender a viver sozinho na solidão
Eu vou ter que lembrar tantas vezes o riso dos olhos seus
Eu vou ter que passar minha vida tentando esquecer este adeus
Eu vou ter que esquecer seu sorriso e o pranto dos olhos meus
Eu vou ter que esquecer seu olhar na hora do adeus
Eu vou ter que esquecer minha vida
Só você não percebe por que
Eu vou ter que passar minha vida esquecendo você"

(Esquecendo você - Tom Jobim)

sábado, 11 de julho de 2009

Tudo fica tentando me fazer acreditar que o amor é sim uma coisa boa.
Não acredito nos dias, nem nas pessoas... não, eu não quero mais isso de amor pra minha vida.
Certa vez ouvi em algum lugar que amor só de pai e mãe. Bem, estou aqui, assinando em baixo...
Amar dói, amar machuca... o amor quando vai embora leva com ele uma parte da alma da gente, e como faz pra seguir adiante, seguir na vida sem amor?
Tá, devo admitir que fui feliz enquanto amei, eu amei sim da melhor maneira que eu pude amar. Eu me entreguei e eu me esforcei pra fazer esse tal de amor dar certo, eu queria contrariar as estatísticas...
Não, na verdade eu só queria mesmo era amar, e ser amada em troca.
Devo dizer que consegui, eu fui feliz, quando eu amei foi de verdade, cada sorriso e cada toque, foi tudo real.
Me disseram que o amor acaba, bem, eu não acredito nisso não.
Meu amor continua aqui, intacto, eu vou guardar ele, vou ficar sem tocar por longos tempos, e ele vai se tornar uma lembrança... uma lembrança tão boa, que vai trazer saudade toda vez que eu pensar...
Essa foi a forma mais bonita que eu achei pra acabar com o amor... esconder ele aqui dentro de mim...
Vão aparecer pessoas (muitas, eu sei), e eu vou gostar delas, eu vou me sentir bem, e eu vou querer estar junto, vou querer abraçar, mas sei que não vou amá-las... só se ama de verdade uma vez na vida. Mesmo a gente estragando esse amor, tentando acabar com ele, destruindo tudo... esmagando o sentimento outrora recíproco... só se ama uma vez. Mesmo a gente cometendo erros, se arrependendo, querendo matar a outra pessoa, querendo machucar mesmo... só se ama uma vez.
O amor é puro, ele não busca se satisfazer... meu amor só quer ver "meu amor" feliz, mesmo que pra isso ele tenha que se esconder na caverna mais profunda...
Ah... existem tantas formas de amar... e eu amo tanto, eu amo o tempo todo, eu amo a cada lembrança... não, não estou me apegando a elas como forma de reviver o que passou.
Minhas lembranças são felizes, vou guardá-las juntos do amor, talvez um dia eu use ele de novo, só o tempo vai dizer... adoro o tempo, ele resolve tudo por mim.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Anos depois estou de volta.
Nesse corpo.
Os sentidos...
Viva.
Tantas cores, o cortejo... a corte, o corte.
Palavras, vento, chuva... a paz de espírito.
Os carros cantam pneus, as pessoas cantam os carros... e os pneus o que fazem? Nos conduzem.
Não tenho métrica, não tenho rima, mas eu sei sentir.
Furam o olho, furam o gato, o gato sem olho, e o olho do gato.
Tem uma árvore ali na frente, ela não se meche, mas ela é bonita!
Sim, eu sei sentir,
a vida.
Há vida, nesse corpo.

Déborah Henrique

sábado, 30 de maio de 2009

Mudamos tudo em busca da felicidade, em busca do amor, ou até mesmo de paz.
As vezes nem dá certo...
Arriscamos tudo aquilo que já possuímos, coisas que conseguimos com tanto custo perdem o valor de repente... 
Trocamos a verdade pela mentira, o certo pelo duvidoso, e ainda nos orgulhamos disso.

Porque no começo tudo são flores, já dizia meu pai.

E como vamos saber quem realmente são as pessoas ou do que elas são capazes sem arriscarmos? Enfim, quando eu penso que não vou mais me surpreender com nada, nem com ninguém, aí acontece isso.

Eu não gosto mim, eu não gosto de você, eu não gosto de ninguém.

A vida é dura.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Eu só acho que as coisas deveriam ser ditas...
(vazio isso)
Só um desabafo.
Quando você sente que está sendo evitada, quando você sente que não há razão para estar.
Mas você só sente, é preciso que os fatos se esclareçam, para que ao invés de sentir, ou achar, a gente passe a ter certeza.
Um fim, um começo, isso são só palavras que não definem a si mesmas.
As pessoas são complicadas, e passam essa complicação pra quem tá perto.
Eu gosto do dito, do feito, do vivido...
Eu não complico nada, por favor, não venha você me complicar.

sábado, 16 de maio de 2009

"Mas eu te espero
porque o grito dos teus olhos
é mais
longo que o braço da floresta
e aparece atrás
dos montes, dos ventos
e dos edifícios
e o brilho do teu riso
é mais
quente que o sol do meio-dia
e mais e mais...

Mas eu te espero
na porta das manhãs porque
o grito dos teus olhos
é mais e mais e mais
e depois que você partiu
o mel da vida apodreceu na minha boca
apodreceu na minha boca."

(Dor e dor - Tom zé)







Mais uma dos meus grandes feitos... a gente sabe como termina, mas ainda assim, vai lá e faz.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Não há nada a ser esperado... nem desesperado.

Foi mais fácil do que eu achei que seria.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Nunca dizemos o que realmente queremos.
Palavras são bichos soltos.
Animais selvagens sempre estão prontos a dar o bote.
De tanto dar bote perdi a sensibilidade.
Afirmações... afirmações...
Algumas reticências para simplesmente prolongar o pensamento.
De tanto afirmar, me perdi no oco das afirmações.
Não afirmo o que realmente deveria ser afirmado.
Eu minto para mim mesma querendo ter a ilusão que mentiras repetidas várias vezes se transformarão magicamente em verdades.
Palavras são mesmo uns benditos animais selvagens, fazem um estrago descomunal na nossa realidade, essa tal realidade criada pra fantasiar nossas inconstâncias...
Sou uma confusão profunda.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Eu queria que ao menos uma vez as pessoas dissessem aquilo que elas realmente querem me dizer, sem arrudeios.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Eu nunca soube tomar decisões, então não iria ser agora diferente.
Esse sorriso largo do meu rosto vai desaparecer uma hora ou outra, e aí eu vou perceber que eu estou errada, vou me arrepender e vai ser tarde demais.
É assim sempre, e pra sempre.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

você não entende nada/cotidiano.

E quero que você venha comigo... todo dia.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Brá e bru.

A solidão é meu cigarro
Não sei de nada e não sou de ninguém
Eu entro no meu carro e corro
Corro demais só pra te ver, meu bem
Um vinho, um travo amargo e morro
Eu sigo só porque é o que me convém
Minha canção é meu socorro
Se o mar virar sertão, o que é que tem?
Dias vão, dias vêm, uns em vão, outros nem
Quem saberá a cura do meu coração se não eu?
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu
O amor é pedra no abismo
A meio-passo entre o mal e o bem
Com meus botões à noite cismo
Pra que os trilhos, se não passa o trem?
Os mortos sabem mais que os vivos
Sabem o gosto que a morte tem
Pra rir tem todos os motivos
Os seus segredos vão contar a quem?

(Cigarro - Zeca Baleiro)





É desse jeito.
Tenho certeza que a solidão me acompanha, na verdade, quem sempre está comigo é meu ego, maldito.

domingo, 19 de abril de 2009

Ontem eu tive um pesadelo e acordei chorando.
Parece mentira, mas foi verdade, não lembro o que foi, mas lembro das lágrimas que caíam dos meus olhos.
Sei que perdi alguma coisa, sei que descolou, e eu tenho medo de admitir, porque isso é sacro demais pra mim, minhas palavras podem macular tudo.
Eu acho que minha mãe tem razão quando diz que eu não presto, claro que tem! As mães sempre tem razão!!
E por eu não prestar, eu tenho medo que isso tudo seja verdadeiro, como eu, um ser tão podre, posso tocar em algo tão sublime! Aliás, como algo tão sublime pode pertencer a mim?
Isso! Não pode, por isso uma hora ou outra vai acabar, e eu fico só esperando, me preparando, para não sofrer muito quando esse dia chegar.
Acho que esse sentimento bom é a única coisa que ainda me torna humana, se eu o perder, então não terei mais nenhuma razão pra continuar aqui, aí então poderei ser o ser "torpe" que eu sempre fui, então não precisarei mais ser tão Déborah, sei lá.
Não gosto desse meu momento, não gosto de estar confusa, não gosto de ser eu.
Eu quero ser mais você, mais madura, eu quero me libertar, eu quero poder viver.

sábado, 18 de abril de 2009

A ironia fede.

Pois é, sem ter com quem gritar, a opção é vir aqui desabafar.
Não, eu realmente não acredito que aquelas palavras sarcásticas e irônicas saíram de você, eu vi seus lábios se mechendo, mas não entendi o som que saía deles na hora, só agora compreendo! Pois é, uma manhã mal dormida faz você pensar.
Eu ainda estou pra decidir se te mato, ou se somente corto relações.
Mas é pra gente aprender que nem todas as pessoas do mundo são iguais, e por mais que uma pessoa pareça ser madura, a qualquer momento ela pode praticar coisas desse tipo, que resumem a simplesnente nada toda aquela admiração que você sentia.
Eu acho sinceramente, que minha vida não diz respeito a ninguém, acho que ninguém pode ver o que se passa na minha cabeça, ninguém pode me entender, portanto, ninguém pode me julgar, muito menos em lugares abertos. Ninguém, muito menos você, que não esteve comigo em situações difíceis, nunca me viu chorar, nunca me viu sorrir verdadeiramente feliz, você não poderia me compreender, então, também não poderia estragar a minha diversão com suas acusações sem fundamento!
Se tem uma coisa que eu não consigo é fazer as coisas sem vontade, e ninguém pode me obrigar a fazê-las! Ninguém pode me obrigar a sentir coisas que eu não sinto!
Sinceramente, isso tudo foi um erro, e a culpada fui eu! Mas isso não lhe dar o direito de posar de vítima, de pessoa magoada. Eu não enganei ninguém, eu disse desde o começo o "B com A" como era, você entrou porque quiz! Então não venha me abraçar e depois soltar suas calúnias infames!
Eu procuro sempre cultivar minhas amizades, procuro entender as pessoas, até mesmo quando elas fazem a pior cagada comigo, porém, existem assuntos que para mim são IMACULADOS, que ninguém tem o direito de tocar, ouviu? NINGUÉM, muito menos você.
Como eu disse, você não entende nada, e não sabe de nada, então não poderia ter falado nada!
E eu poderia até, em outra ocasião tentar te explicar, mas agora não mais, porque sinceramente, eu decidi que não vale à pena!
São com pequenas atitudes que as pessoas mostram quem elas realmente são, e você mostrou, fez a coisa que eu mais odeio nesse mundo! Tratou com ironia um assunto muito sério, então agora, enfin, não importa mais, nada disso, não para mim.
Sem culpa dessa vez.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Constatação.

Não consigo pensar sobre a minha existência sem sentido.
Não há nenhum motivo para eu estar aqui, não há razão para eu ter tudo isso.
Todas essas coisas que fazem parte da minha vida deveriam pertencer a outro ser humano mais digno.
Sim, sou grata por tudo, mas não mereço.
Essa minha existência desregrada, sem apegos e com amor... sim, amor, eu não mereço, mas eu tenho um amor. E eu queria que ele fosse meu pra sempre, mas eu me conheço, eu vou acabar dando um jeito de fazer ele acabar. É o que acontece à pessoas como eu, pessoas que não prestam, elas acabam sozinhas e vazias, sinto que já estou, em parte, assim.

quinta-feira, 9 de abril de 2009


É engraçado como essa sociedade quer a todo momento manipular a gente.
Querem que nós sejamos santos, cheios de pudor!
Desde pequenos colocam esses sentimentos de vergonha na nossa vida, esses sentimentos que não são inatos.
Temos que andar sempre nessa linha que o sistema riscou, sem nos desviramos um centímetro... oh céus! Isso não existe! Somos tão falhos e passíveis de erros. Mas o que é o erro? O que é o certo? Por quem estamos sendo guiados? Que verdade é essa, absoluta, que nos mostram todos os dias?
Que padrão de condulta é esse que estamos seguindo?
Pra quem ficou o caráter? Quem tem caráter?
Se eu for anjo, sou que nem o Moisés (foto), sou um anjo barroco, um anjo que "tenta" e não guarda!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Enfim, esse fim de semana é feriado, é? Deve ser... eu tenho trilhões de coisa da universidade pra fazer, mas não tenho cabeça pra raciocinar.
Fico só pensando e pensando, e não me concentro em nada mais, vou abandonar essa internet, fazer algo útil da minha vida, vou valorizar as pessoas que acreditam em mim, e confiam em mim, mesmo eu sendo essa bosta que eu sou, mesmo eu não prestando pra nada, e não merecendo nada.
Putamerda, eu ando querendo só sumir, e esse é um sentimento enfêmero, porque no outro dia a gente amanhece bem e agradecendo por estar vivo, mas hoje, só por hoje, eu queria me jogar do prédio mais alto, e ter a morte mais dolorosa, pra pagar com a minha dor, a dor e decepção que causo nas pessoas.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Eu nunca encarei a morte como o fim, é apenas um começo, um pedaço da eternidade que temos pela frente.
Eu não consigo mais viver comigo, não posso fugir de mim também, então qual saída terei?
Cada dia que passa é um suplício de vontades e desejos que não poderei realizar.
Esse querer me rasga toda por dentro, me maltrata... não, eu definitivamente não suporto mais viver com isso.
Ando cansada, apática, essa não sou eu. Onde me perdi? Em que lapso de tempo ficou minha alma? Por que, em nome de Deus, eu não consigo mais sentir? Nem amor, nem ódio, nem prazer, nem nojo? Eu apenas fico parada, voluntariamente.
Eu não costumava ser isso que me tornei, eu não mentia, não enganava, não fingia, nunca usei máscaras, mas agora, é assim todo o tempo, e eu não consigo sair disso.
Eu preciso me ver livre de mim o mais rápido possível.
Não, não tenho instinto auto-destrutivo, eu sou só um ser que chora sem razão aparente, que tem saudades do que nem conheci ainda, se sinto uma coisa eh falta de querer morrer por alguém, não sei o que me tornei, mas não gosto disso.

domingo, 8 de março de 2009

Desculpe estou um pouco atrasado.

Tão cheia de mim mesma que estou prestes a estourar.

Até as palavras me faltam, e eu não sinto mais nada, é somente por elas que estou aqui.

Sinto que o brilho se apaga aos poucos, e eu bem sabia que seria assim, tenho uma certa premonição com essas coisas.
A gente quer fazer tudo diferente do que fez, pra ver se acerta, mas o costume faz a gnt fazer tudo igual, e tudo acaba dando igualmente errado.
E esse tudo, esse oco de nada.
Tenho medo é bem verdade, é que o costume acomoda a gente, e isso dói.
O medo dói, tudo dói... e não tem aspirina no mundo que cure essa dor que é por dentro.
Não sei bem explicar, é como se o arco-íris num instante passasse de colorido pra cinza, e depois desaparecesse levando com ele a alegria dos dias de pós-chuva.
Eu não sei sentir, mas sinto muito por ter se apagado a luzinha que fazia o sorriso vir a face, vai ver foi minha culpa, não sei bem como fazer as coisas darem certo... eu bem tento, mas é tão difícil, acho que desisti.
E quem vai dizer tchau?
Acho que é isso.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Hate.







Hoje eu acordei em cólera, para variar...

Sim, sim, acordei querendo que o mundo inteiro fosse se danar.
Definitivamente eu odeio a moral, odeio os bons costumes, odeio o caráter, e sim DETESTO a tal vergonha na cara que me cobram todos os dias!
Hahahahaha, e sou feliz assim, há quem duvide?
Odeio pessoas certinhas demais, e santinhas demais, com seus sorrisos fingidos e amarelos, odeio gente que faz coisa sem vontade, sem amor, por obrigação.
Sim, eu amo o meu modo de vida com milhares de coisas pra melhorar, e não vai ser nenhum senhor dignidade e respeito que vai me dizer o que tenho ou não que fazer...
O mundo eh grande, e eu vou andar com meus pés.
Há quem duvide?
Eu odeio essa hipocrisia todoa que me cerca, eu simplesmente odeio esses sorrisnhos forçados, e essas conversas que adentram a madrugada, odeio menininhas santinhas e purinhas que trepam escondido, sim, elas trepam escondido, e elas tem um fogo enorme que elas não conseguem apagar, e você vem me julgar? Você vem falar mal de mim? De mim?
Não, eu não admito que ninguém meta o bedelho na minha bendita vida, eu não admito que nignuém conte meus passos, nem que julgue meus atos.
Detesto que pensem que por eu ser cristã eu tenho que ser tonta!
Que se danem todos vocês!
Eu não sei ser mosca morta, não sei ter sangue de barata, meu sangue é vermelho, ele é escarlate, ele pulsa nas minhas veias, e cada batimento do meu coração pede que eu viva, e viva mais e mais, não pra servir a essa maldita sociedade, me curvar perante esse maldito sistema, siiim, ele ia de encontro ao sistema e ele vai, e eu bato palmas, mesmo o odiando!
E sim, menininhas e suas mensagenzinhas por celular. Pensam que estão enganando alguém!
òh senhores, o mundo já lhes deu os filhos perfeitos, agora criem, manipulem e façam deles seus líderes, eu ne retiro dessa conversa e dessa sujeira toda.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Poucas vezes na vida eu tive que tomar uma decisão tão forte.
Uma coisa que vai mudar minha vida daqui pra frente, e não é exagero.
É a consequência de decidir entre o certo e o errado.
Dói demais, tá doendo, mas eu sei que foi o melhor, e sei que assim ficarei em paz.
É só o que busco, minha paz.
Eu não sou do tipo que traz paz pra ninguém, eu tô buscando a minha, e é tão difícil de encontrar.
Tô meio que com um buraco no peito.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Fórum Social Mundial





Uma semana depois de encerrado o fórum, venho aqui contar um pouco da experiência que tive como participante dele e do Acampamento Intercontinental da Juventude.
A proposta inicial do Fórum era a de mudar o mundo, e não me venham com utopias de mudança.
O tema um outro mundo é possível me fez refletir (mais uma vez lembrando que estou contando a MINHA experiência).
Um outro mundo é possível pra quem? Ou pra que? Ou até mesmo com o que?
Hugo reafirmou o discurso acrescentando que um outro mundo não era apenas possível, mas também necessário, e certamente que é, mas quem obrará essa mudança? Nós?
Acho que não. Não essa nossa geração, não estamos preparados. E é realmente muito triste admitir, mas pra que enganarmos a nós mesmos?
O que eu presenciei no Fórum não foi uma geração que queria mudança, mas sim uma geração que estava de férias em Belém do Pará.
Era um camping de férias com comidas caras, banhos de diários de sol, muita maconha, muito álcool, muita música, muito agarramento e muita curtição.
Aí me pergunto se ao menos 50% das pessoas que estavam lá ao menos leram a carta de princípios do Fórum.
Obviamente não. E essa resposta ficava mais clara a cada dia.
Assim que chegamos fomos ao credenciamento da caravana, ok, tudo certo, por mais que os atendentes parecessem despreparados, eles compriram bem a missão. Tudo bem até aí.
Chegamos dia 26, um dia antes do programado para início do fórum.
Fomos armar as barracas, área de camping que nos foi reservada estava até boa, aí como é boa? Bem, apararam o mato, e fizeram umas valas para que a água da chuva escoasse sem inundar nossas humildes barracas, como era de tarde não vimos os perigos eminentes. Logo que a noite chegou ficamos completamente no escuro, não tinha um poste de iluminação sequer no acampamento, todo mundo no escuro, cegos guiando cegos.
Antes de irmos fomos informados que policiais civis, militares, federais, guarda nacional estariam lá fazendo nossa segurança, mas nçao vi vivo guarda sequer protegendo absolutamente nada.
Muita coisa ainda estava por terminar, tendas onde se realizariam os debates ainda estavam por montar, os banheiros ainda estavam por terminar, enfim, o evento ainda seria no outro dia, então ainda havia uma desculpa.
Bem, no outro dia apareceram os cavaleiros em seus cavalos, ou policiais, para nossa segurança, ou nossa humilhação, vai saber.
Como abertura do Fórum, ocorreu uma "passeata" pela cidade, onde os participantes iriam levantar a bandeira de seus movimentos sociais, iriam mostrá-los a população local.
Até aí tudo bem, mas na verdade a passeata parecia mais o carnaval fora de época de Salvador, cada um no seu bloco.
De volta ao acampamento era noite de festa, sim, nem parecia um evento social, era Woodstock, sei lá. Drogas para todos os gostos e nacionalidades, amor livre...
Bem, no outro dia começaria realmente o Fórum, mesas redondas, debates, discussões, palestras... mas quem foi? Quem se interessava? As coisas começavam as 8h da manhã, mas na verdade a noite para a maioria estava acabando as 8h da manhã, então obviamente, era uma minoria que participava das atividades propostas pelo Fórum.
Inúmeras oficinas canceladas, por que? Primeiro porque as prórpias pessoas que escreviam as oficinas não iam ministrá-las, e segundo porque quase ninguém aparecia para prestigiar.
E foi nesse pique que se desenrolou o restante dos dias do Fórum. E essa, acreditem, é minha maior revolta.
Como? Em nome de Deus! Essa geração pode tornar possível um outro mundo? Se eles não tornam possível uma mudança nem pra vida deles?
Como uma geração que só busca as próprias satisfações pode mudar o mundo?
Como essa geração que perde tempo bebendo, fumando e se prostituindo vai mudar alguma coisa em algum tempo?
Não estou aqui querendo fazer demagogia, ou tentando ser preconceituosa, acreditem, não sou mesmo.
Mas acho que há tempo para tudo na vida. Primeiro vem as responsabilidades, e depois o divertimento.
Estávamos lá para que? Então não há nem o que discutir.
O próprio Fórum disponibizava todos os dias atividades culturais noturnas para os participantes, mesmo sendo do outro lado da cidade é verdade, mas tinha uma hora de encerramento, para que não atrapalhasse o andamento das atividades matinais, mas acho que eles não contavam que os participantes tinham ido tirar férias lá.
Se você encontrar uma pessoa que participou do fórum, pergunte a ela uma, pelo menos uma decisão que foi tomada no fórum, pergunte um tema de um debate, um tema de uma palestra. Mas se ela não souber responder, você pergunta o nome do melhor bar de Belém, os das bandas que tocaram nesse bar.
Na verdade foi assim que ocorreu o Fórum, uma verdadeira vergonha, uma palhaçada!
E me deixou com a certeza que um outro mundo realmente é possível, com falta de respeito, consumismo e muita, muita droga, para todos os gostos e nacionalidades.
Um pedido de desculpas a quem foi realmente buscando melhorar alguma coisa nisso tudo que vivemos.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Todos procuram a paz e a tranquilidade, procuram uma plenitude, um descanso para alma.
Procuram razão para existir, um motivo que seja aceitável para estar aqui.

Não é fácil aceitar um mundo como esse em que vivemos, não é fácil aceitar que a culpa é nossa.

A culpa para eu não ter paz é exclusivamente minha, fruto de minhas escolhas.


Tudo o que eu fiz me trouxe, me deixou exatamente onde me encontro agora, e a mudança está a uma decisão de distância, espero poder fazer a coisa certa quando a hora chegar.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Eu ando com uma raiva tão grande de mim mesma.
Eu nasci com essa predisposição a fazer coisas erradas.
Não consigo me controlar, não sei o que é isso. A vontade vem, e eu sei que eu devia dizer não, mas eu não consigo, sou tão passiva.
E o pior de tudo é que não vale nunca a pena, e eu sempre me sinto uma merda depois que faço. E mesmo assim não paro, insisto e insisto em fazer de novo como se tivesse uma chance de dar certo, e o mundo se render aos meus pés.
Nasci com essa maldita mania de achar que todos devem se render a mim, e quando isso não dá certo e eu percebo que o esforço foi em vão, me sinto assim.
Como se as pessoas fossem obrigadas a me amar.
Logo eu, esse poço de candura.
¬¬'
Sabe na verdade qual é a minha raiva?
E se eu não falar eu vou explodir!
Tenho que desabafar ao menos aqui.
¬¬'
Eu fiz tuuuuudo, fui o mais simpática possível, desperdicei hooooooras do meu precioso tempo, eu tentei, eu fui educada, fui legal, amiga, companheira, brincalhona, fui sincera, andei, corri na chuva, fiquei pensando, e tudo pra que? Pra só levar patada!
Eu queria ser ao menos um pouco mais corajosa, pra olhar na tua cara de novo, e te mandar tomar bem dentro do seu orifício central.
Pronto, desabafei.
Não se toca mais nesse assunto.



Justificar"Na vida tudo é fruto de suas escolhas. Se você planta traição não espere colher amor em troca."

terça-feira, 20 de janeiro de 2009



=/

"Se a paixão fosse realmente um bálsamo, o mundo não pareceria tão equivocado."



Ás vezes ela não pode curar tudo, as feridas.
Então comofaz?
Pra ser realmente feliz?

domingo, 18 de janeiro de 2009

Kurt já dizia: "eu me odeio e quero morrer."


Me odeio porque sou fraca, e me odeio porque penso uma coisa e faço outra, que acaba me machucando depois.
Não aguento mais alegrias passageiras que me enchem de culpa depois.

Eu quero mais, mais dessa vida, eu quero e preciso de mais amor, às vezes acho que preciso de tanto, que ninguém possa nem me dar.
Será que vou acabar sozinha?

Será que um dia isso tudo mudará? Será que um dia minha consciência descansará em paz?
Será que um dia todas essas mentiras acabarão? Será que serei plenamente feliz?

Plenitude, me explica o que é isso.
Eu preciso de alguém que me ajude a ficar bem, que me puxe pra cima, sinto que me afundo nesse poço escuro cada dia mais.


Preciso de um copo de felicidade, bem cheio.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Semnome.

Everybody's Gotta Learn Sometimes

Eu tô quebrada, totalmente despedaçada por dentro.
Sinto que a cada dia que passa, meu coração vai ficando mais apertado.
Não passo um dia sequer sem chorar, vivo dormindo todas as horas, não quero levantar da cama, não quero comer, não saio de casa, vivo do quarto pro computador.
Isso não é vida, como se pode ser feliz assim?
Não tenho motivação para mais nada, nem conversar que é o que mais gostava de fazer, me falta paciência, me faltam palavras, faltam até pensamentos.
Vido o dia todo com uma amargura, sei lá, meu rosto já tem formato de choro.
Queria ver graça nas pequenas coisas, ver motivos simples pelos quais devesse viver, sei lá.
O pior é não saber o que me faz ficar assim, sem vontade, ou saber, sei lá.
Minha vida toda é uma sucessão de mentiras, e foi isso que me tornei, e é horrível admitir, mas não quero mais viver assim, quero algo de verdadeiro, algo que não vem, e que me deixa nessa situação... sem sentir mais nada por mim.
Sinto saudades do que eu era, da minha bondade, minha sinceridade, sinto falta do eu que se perdeu, em algum lugar.
O que devo fazer?
O que está acontecendo comigo?
Por que não pode ser tudo lindo e feliz, como eu imaginei que fosse, erroneamente?
Eu não sei viver assim, não lido bem com faltas.
E minha maior dor é amar.
O amor é um sentimento sórdido, até hoje ele nunca foi justo comigo, nunca.
Está sempre me pregando peças, me trazendo dor.
Eu queria não amar, para não ter que saber o que é sofrer.
Na verdade queria tantas coisas.
Queria poder me trancar num quarto e ficar lá, tipo pra sempre. Sem ninguém ficar perguntando como estou, ou o que aconteceu.
Eu não posso responder essas perguntas, eu não sei respondê-las, tudo se tornou complexo.
E não sei por que estou me sentindo assim, só queria ficar em silêncio, somente.
Queria um abraço, sei lá. Um abraço teu, que certamente nem vai ler isso.
E o simples fato de lembrar teu rosto já me traz lágrimas nos olhos, e elas caem, e eu deixo.
Preciso lavar minha alma, me redimir de toda culpa, mesmo sendo impossível.
Acho que não preciso de nenhuma ajuda que não seja a minha mesma.
Preciso te ver, e acho que isso te assusta, sinto que enlouqueço.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Luto/melancolia

"Desta forma, fica entendido que a distinção fundamental entre “luto” e “melancolia” é que: o primeiro é sempre um processo, onde a causa (perda de investimento libidinal em relação a um objeto externo) nos é bem conhecida, e, até certo ponto, natural; enquanto que o segundo constitui-se em um estado - cujas causas são indefinidas – e que pode vir a desencadear um processo de luto. Neste sentido, pode-se aferir que estados de melancolia podem provocar processos de luto, como uma tentativa do aparelho psíquico em solucionar o sofrimento existencial provocado por este estado mental peculiarmente doloroso."

Ana Cleide Moreira Guedes - “A Melancolia na obra de Freud: um Narciso sem [des]culpas”



Não perdi absolutamente nada, porém, essa melancolia, essa tristeza, misturada com agústia, amargura, não sai de dentro de mim.
Odeio ter tudo que uma pessoa precisa para ser feliz, e mesmo assim não conseguir.

Odeio ficar chorando por qualquer coisa, e julgar mal pessoas que eu amo, e tentar buscar motivos inexistentes para brigar com elas, para ter um motivo para ter raiva, e sentir dor.
Preciso de um motivo, se sentir assim, sem nenhuma causa aparente, é mais massacrante do que a pior das traições.

E não finjam entender, porque ninguém entende.
Não digam que é porque tô vendo muita televisão, NÃO ME INSULTEM, NÃO INSULTEM MEUS SENTIMENTOS.

Sabe, qual é a minha vontade? Mandar todos se danarem, todos!!!!

Estou completamente saturada.